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Pr. José Soares Leite

O Cristão e a Política


Como está escrito: “O mundo inteiro jaz no poder do Maligno ” (1 Jo 5.19). Apesar disso, algumas pessoas sinceras se envolvem na política para tentar fazer do mundo um lugar melhor e mais seguro. Entretanto, elas nunca conseguirão por causa da influência desse “governante deste mundo” (Jo 12.31; 14.30). Jesus sabia de antemão que o governo político deste mundo sempre estaria no poder de homens ímpios, que nunca se deixariam mover pelas leis divina, mas por leis de homens (2Co 4.4).

Em vista disso, é necessário que homens de Deus, justos e piedosos, se envolvam na política, em casos específicos e não generalizados, para mudar o curso da história em muitas situações onde existem injustiça. O cristão como representante de Deus, deve fazer a diferença exigindo outras autoridades a fazerem o bem e cooperando com elas para melhorar a sociedade (1Pe 2.13-16). Certamente, com suas atitudes sábias, evitarão que outros políticos, sem temor à Deus, cometam injustiças e abuso de poder contra o povo, principalmente os cristãos.

A palavra política, significa o trabalho que uma pessoa executa num cargo público em benefício da sociedade como um todo. O cristão que entrar nesse meio político precisa ser um exemplo de integridade moral; deve ser um servo fiel, que esteja sempre pedindo forças a Deus para fazer o que é correto e interagir junto a outros políticos em prol de um governo justo que beneficie a todos igualmente (1Pe 2.13-16). Temos vários exemplos Bíblicos, onde homens e mulheres de Deus se envolveram na política, até mesmo em países ímpios como José no Egito, Daniel na Babilônia, Neemias e Ester no Império Medo-Persa (Gn 41.39-45; Et 4.14; Dn 6.25-28). Deus recompensa o servo que age em retidão e faz um bom trabalho em temor (Sl 37.37).

Não é possível viver numa sociedade sem a política. Devemos lembrar que quando Deus elegeu Israel para ser seu povo, estabeleceu o governo teocrático e deu sua lei e estatutos (Exôdos capítulos 20, 21 e 22). Como o povo preferiu um governo humano, Deus o satisfez e escolheu seu governante, Saul (1Sm 10.1). Dessa maneira vemos que é Deus quem ordena as autoridades políticas do mundo (Rm 13.1-3). O cristão político pode colaborar junto a outras autoridades constituídas para resolução dos problemas das classes menos favorecidas e ser um canal de bênçãos em tudo o que fizer em favor do povo.

Ore pelos governos, para que sejam sábios e tragam paz (1 Tm 2.1-2). Foi Deus que deu autoridade ao governo, mas se deixarmos Deus de fora, quem fica com a autoridade é o diabo. Como cristão, é muito importante analisar com cuidado as opções para a escolha de um candidato digno. Pois quando erramos, ao invés de política teremos a chamada “politicagem”.

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