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  • Pr. José Soares Leite

O Altar do Holocausto


Altar nos dá uma ideia de lugar mais elevado e holocausto significa ascendente, ou seja, aquilo que sobe, referindo-se a fumaça do fogo que sobe nos sacrifícios consumidos no altar. O pecador quando entrava pela porta do Tabernáculo para dentro do Pátio, a primeira coisa que ele avistava em sua frente era o Altar do Holocausto, que ficava numa posição elevada (Ex 20.26). Isto tipificava o sacrifício vicário de Jesus, o Cordeiro de Deus. Na cruz Jesus foi levantado sobre a terra (Jo 3.14).

O Altar era feito de uma madeira resistente chamada acácia, que simbolizava a natureza de Cristo. Ele era revestido de cobre, que simbolizava o juízo de Deus. O seu formato quadrado demonstrava que Deus não faz acepção de pessoas. O Altar tinha quatro cifres, onde num deles o animal era amarrado para ser sacrificado pelo sacerdote.

O Altar do Holocausto, indicava o caminho da salvação. Nele o pecador tinha seus pecados expiados pelo sangue de um animal inocente. Isto apontava para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Todos os homens estão mortos espiritualmente (Rm 6.23) e a morte física é uma consequência da morte espiritual (Efésio 2.1).

O Altar era uma perfeita tipologia de Cristo. Os sacrifícios de animais inocentes e sem defeito, simbolizavam o perfeito sacrifício vicário de Jesus, na cruz do Calvário (Is 53.4-5). O sangue dos sacrifícios dos animais que os sacerdotes ofereciam pelos pecadores, no Altar, somente lhes davam o perdão quanto a purificação da carne (Hb 9,13), mas não lhes davam a redenção eterna que só o sangue de Jesus pode dar (Hb 9.12,14).

Todos os santos do Velho Testamento morreram na esperança da salvação, suas almas não foram para o Paraíso celestial, mas ficaram aguardando a promessa no Seio de Abraão, que ficava no centro da terra, até Jesus consumar a redenção eterna. “O mendigo morreu e foi levado para o seio de Abraão” (Lc 16.22,23,26). Compare com o que Jesus disse ao ladrão da cruz: “Hoje estarás comigo o paraíso” (Lc 23.43).

Os quatro chifres do Altar é uma simbologia do poder, autoridade e a proteção de Cristo, como Senhor e Salvador. As 4 pontas do chifre é a propiciação para se obter de alguém sua boa vontade, para que ela se torne favorável a mim, aplaque sua ira ou prover seu perdão.

As quatro pontas dos chifres remetem a morte expiatória de Jesus pelo pecador, revelando o ato gracioso do Pai que nos justificou gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo (Rm 4.24; Ef 2.5.8). O sacerdote colocava a mão sobre a cabeça do animal e o imolava (Lv 16), depois colocava o animal sobre o fogo do Altar no lugar do pecador. Assim o ambiente se tornava propício para o Senhor habitasse no meio deles.

O sacrifício tinha 2 finalidades básicas através do sacrifício de animais:

- 1º os efetuados diariamente para expiar o pecado do povo

- 2º o que era efetuado uma vez por ano pelo Sumo sacerdote pela nação de Israel (Ex 38.3).

​​As quatro pontas da reconciliação no Altar do Holocausto era o único lugar onde Deus se encontrava com o pecador (Ex 25.8; 29.45), a fim de perdoá-lo e reconciliá-lo mediante o sangue da expiação dos pecados do povo de Israel, pelo processo da substituição.

O pecador trazia a oferta de um animal perfeito ao Senhor, com o objetivo de alcançar o favor de Deus. O pecado do homem era transferido para o animal inocente para que Deus lhe perdoasse (Lv 4.22-35; 5.1-10; 6.1-7).

No Calvário, Jesus, como Cordeiro de Deus, foi sacrificado e derramou seu precioso sangue para nos reconciliar com Deus (Rm 3.24-25; 2Co 5.19). O Altar do Holocausto era uma imagem do Calvário, onde animais inocentes eram sacrificados no lugar do pecador. A Bíblia diz que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados (Hb 9.22).

O Calvário foi o lugar de punição do pecado e o Altar mostra que todo pecado deve ser punido. Na cruz, Jesus derramou seu sangue para o perdão dos nossos pecados e promoveu a eficácia da nossa salvação (Is 53.4-5). A justiça de Deus não deixa o pecador sem a devida punição.

O Calvário é o lugar de esperança porque o sacrifício de Jesus na cruz não só nos deu o perdão dos pecados, mas nos vivificou para uma nova vida e também nos deu a esperança da vida eterna.

“Mas, vindo Cristo, por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção, que pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo”

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