A Teologia Doutrinária do Culto Divino
A Bíblia diz que: “Do Senhor é a terra e toda sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl 24.1). O Senhor mandou Moisés escrever o livro de Levítico, com o objetivo de que o povo israelita soubesse que Deus é o Criador de todas as coisas (Cl 1.16). Sendo Deus o Criador dos céus e da terra, somente Ele deve ser adorado e somente à Ele deve ser prestado culto por Sua criação (Gn 1.1-31; 2.1-3). Porém, isto só terá eficácia se for começar a ser feito pela sua própria pessoa (Rm 1.1-2).
Deus liberta os Israelitas do Egito, onde por 430 anos estavam escravizados, para que eles se tornassem seu povo santo. “E ser-me-eis santos, porque eu o Senhor, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26). Na condição de nação santa, os israelitas deviam adorar ao Senhor como seu único e verdadeiro Deus (Ex 20.2-5; Lv 26.1; Dt 5.6-8). Seu povo deveria se afastar da idolatria egípcia, que adorava animais como deuses: o boi, o crocodilo, o gato e que não se igualasse aos costumes pagãos das outras nações da terra de Canaã (Lv 26.13; Dt 12.1-3).
Israel, agora como reino sacerdotal e povo santo, deveria guardar o concerto feito com Deus (Ex 19.5-6) e seguir a teologia da doutrina do culto levítico que ensinava aos israelitas, admitidos pela cultura egípcia, porque nenhum ídolo pode tomar o lugar de Deus (Lv 19.4). Mas ao Senhor oferecerás sacrifício de oferta de animais, que são criaturas e não deuses (Lv 1.2-3). E, também, dos frutos da terra (vegetais), também trarás oferta de cheiro suave para enaltecer o Senhor (Lv 23.10,13-14).
A Teologia da doutrina levítica exortava a ver a vida do ser humano como sagrada, pois ele foi feito a imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26) e separado como povo santo (Lv 11.44, 20.7,26). Por esta razão nenhum israelita fazia marca nem tatuagem em seu corpo (Lv 19.28; Dt 14.2). Não só isto, mas devia se consagrar ao Senhor em toda sua maneia de viver: “Porque és povo santo ao Senhor teu Deus, e o Senhor te escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para seres o seu povo próprio” (Lv 20.26; Dt 14.2).
Para que o povo de Israel pudesse ter seus pecados expiados e demonstrasse sua gratidão ao Senhor, Deus estabeleceu o Tabernáculo e instituiu o serviço sacerdotal divino. Ali o seu povo ofereceria holocausto de sacrifícios pelos seus pecados, sacrifício pacífico e celebrações a seus grandes feitos em adoração ao Senhor na beleza de Sua santidade (Lv 7.11-17). E Deus recompensaria manifestando sua glória (Lv 1.2; 23.2).
A nós hoje, os crentes do Novo Testamento, que somos a nação santa e o Templo do Espírito Santo (1Pe 2.9), a doutrina teológica de Levítico continua sendo nosso objetivo. Pois o Deus que exortou Israel a santidade, requer, de igual modo, o nosso sacrifício, consagração a Ele e a nossa santificação pessoal (Lv 19.2; Rm 12.1-2; 1Ts 4.3; Hb 12.14).