A Santidade Requerida por Deus ao Seu Povo
Deus criou o homem em estado de santidade a qual foi quebrada no Éden, quando Adão pecou. Transcorrido 1.656 anos aproximadamente, a humanidade se degenerou sendo destruída por Deus com o dilúvio, restando apenas a família do santo e justo Noé, com seus três filhos. Abraão, era um remanescente da décima geração de Sem, mas sua família já não conservava mais as características de santidade de seus ancestrais (Hb 11.7). Ele vivia em Ur dos Caldeus, com seu pai Terá, no meio da idolatria dos povos gentios das nações de sua época. Quando mudou-se com seu pai para Harã, em Canaã (Gn 11.31), Deus o chama e de imediato ele creu, obedeceu e foi justificado na fé (Rm 4.3; Hb 11.8-9). A partir de Abraão, da-se início à história peculiar dos hebreus, como povo santo e separado para Deus (Gn 12.1-8).
No concerto feito entre Deus e Abraão, Isaque e Jacó, dos descentes desse último, vieram as gerações da herança do Senhor, os hebreus (Gn 17.1-11). Foi no encontro de Jacó com o Senhor, no vale de Jaboque, que seu nome foi mudado para Israel. Tempos depois, as gerações das doze tribos de seus filhos, no Egito, dariam origem à nação de Israel, após Deus os libertar da escravidão, para viverem em pureza e santidade: “Agora pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha” (Ex 19.3-5).
Essa dignificação, porém, não levou ao aperfeiçoamento imediato dos hebreus. Para chegar aonde Deus pretendia: “E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26), todo o povo teve de se submeter a um longo e doloroso processo de santificação, que começou logo com a chamada do patriarca Abraão (Gn 17.1). A santidade é a marca distinta do povo de Deus; sem ela, o testemunho é ineficaz, por isto o Senhor disse: “E guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o Senhor que vos santifica” (Ex 31.13).
A santificação foi exigida por Deus a começar por Abraão: “Anda na minha presença e sê perfeito” (Gn 17.1). Essa prática da santificação, deveria ser o padrão a ser seguido pelos israelitas, que foram eleitos para servirem e adorar à Deus (Lv 22.31-32). Nos livros de Êxodo e Levítico, podemos observar que o processo de santificação do povo hebreu era fundamentado no amor e temor que eles tinham à Deus (Dt 10.12-13; Mt 22.37): “Ó Senhor, quem é como tú, glorificado em santidade, terrível em louvores, operando maravilhas?” (Ex 15.11).
Deus mandou Moisés escrever o livro de Levítico para que o povo de Israel vivesse separado dentre todos os povos da Terra. A santidade, continua a ser a marca distintiva dos filhos de Deus. É a exigência que Deus fez a Israel e hoje requer da Igreja de Cristo, que deve aprender com os israelitas, a adorar e a servir ao Senhor na beleza de sua santidade (Sl 29.2). Deus é a fonte e padrão de toda Santidade, Ele requer uma vida de separação dos crentes, nesse tempo da graça (Hb 12.14). Se hoje quisermos alcançar o grande avivamento proposto por Deus para esse tempo do fim, devemos começar pela santificação (Lv 20.7-8; 1Pe 1.16). O processo que teve início na Igreja primitiva foi interrompido, mas por certo acontecerá (Ag 2.1-9; At cap.2).